Cidade recebeu técnicos do Ministério da Saúde para avaliação “in loco” do cumprimento de metas para eliminação da transmissão de HIV, sífilis e outras infecções sexualmente transmissíveis. Foto: Alex Cavanha/PSA
Por Thiago Oliveira/Assessoria de Imprensa PSA
Durante três dias, a Secretaria de Saúde de Santo André recebeu a visita de equipe do Ministério da Saúde responsável pela certificação do selo de boas práticas no combate da transmissão vertical (de mãe para filho) de HIV e sífilis. A certificação, pleiteada pelo município, vem ao encontro dos esforços realizados na prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), que incluem distribuição de preservativos, testagem em todos os equipamentos de saúde e o acompanhamento das gestantes e seus parceiros.
“Existem diretrizes nacionais para o enfrentamento dessas infecções. O aumento da oferta de testes, o acesso à informação e a maior adesão aos tratamentos, além da prevenção, refletem na redução dos casos. O cuidado oferecido à população garante a manutenção do tratamento de mulheres grávidas, e a realização adequada do pré-natal, delas e de seus parceiros, evita a contaminação e a transmissão aos recém-nascidos,” explica o secretário de Saúde, Gilvan Junior.
A programação teve início na segunda-feira (18) com reunião técnica no prédio do Paço Municipal, prosseguiu na terça (19) com visitas a unidades da Atenção Primária (Clínicas da Família e Policlínicas), ao CME (Centro Médico de Especialidades) Referência em Infectologia, à equipe do Consultório na Rua e ao Departamento de Vigilância à Saúde (DVS), entre outros serviços e programas municipais. O encerramento ocorreu nesta quarta-feira (20), no Hospital da Mulher.
“Essa mobilização de gestores, técnicos e especialistas municipais, estaduais e federais demonstra como Santo André está comprometida no combate às ISTs. Nosso objetivo é cuidar das pessoas e fortalecer o SUS”, ressalta a diretora de Atenção à Saúde, Luciane Suzano Cunha.
Validação em outubro – Os critérios para a certificação pelo Ministério da Saúde envolvem indicadores de impacto, como incidência de sífilis congênita, de infecção pelo HIV em crianças e taxa de transmissão vertical de HIV, além de indicadores de processo, que incluem proporção de gestantes com pelo menos quatro consultas de pré-natal; pelo menos um teste de HIV e/ou sífilis durante o pré-natal; proporção de gestantes em uso de tratamento antirretroviral e com tratamento adequado para sífilis. Durante a vistoria, todos os procedimentos de trabalho, desde acolhimento a técnicas laboratoriais, foram aferidos.
“Eu acredito muito nessa estratégia. O nosso trabalho é garantir que as próximas gerações possam nascer sem HIV, ISTs e hepatites. É um prazer conhecer Santo André e ver a potência que a cidade tem na Saúde, pois estamos falando de um caminho de eliminação da sífilis”, destaca a consultora da Equipe Nacional de Validação, Aranaí Guarabyra.
A certificação é um procedimento do Ministério da Saúde em parceria com estados e municípios para fortalecer a gestão e a rede de atenção do SUS, melhorando ações de prevenção, diagnóstico, assistência e tratamento das gestantes, parceiros sexuais e crianças, além da qualificação da Vigilância Epidemiológica. Neste ano, 100 municípios de todo o País pleiteiam esse selo de boas práticas.
O resultado da solicitação andreense deve ser outorgado no final de outubro, com premiação em dezembro, em Brasília (DF).