Preservação do curso do Rio Tamanduateí é tema para alunos da EM Cora Coralina em Mauá

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“Observando os Rios” integra estudo científico, possibilita vivência ambiental e desperta vocações. Foto: Divulgação

Por Assessoria de Imprensa/PMM

“Eu acho muito legal, porque é uma forma diferente de aprender, né? Não é só ficar sentado, é uma aula interativa que pode até ser mais fácil da pessoa entender”, afirmou Vitor Gabriel da Silva Santos de Souza, de 14 anos, do 9º ano da Escola Municipal Cora Coralina, em Mauá. Juntamente com 16 colegas de turma, é voluntário no programa ‘Observando os Rios’, uma iniciativa da Fundação ‘SOS Mata Atlântica’. Vitor e os amigos acompanharam os professores Sandra Chinchio e Agnaldo Fernando, que explicaram aos alunos que, hoje, 89% dos dejetos de Mauá vai para a Estação de Tratamento de Esgoto para reduzir a poluição do rio Tamanduateí.

Estes alunos já participam desde o início das aulas do projeto, em que visitam a nascente do Rio Tamanduateí, localizada no Parque Ecológico da Gruta de Santa Luzia. O parque, que tem território de 450,9m², é uma Área de Preservação Ambiental (APA) e também é Área Especial de Interesse Ambiental (AEIA). Foi criado em 1975, para preservar as cinco nascentes de água no local. Seus jardins foram projetados pelo paisagista Burle Marx, que se inspirou no Bosque de Konstanza, na fronteira entre França e Suíça. No Parque, é possível explorar trilhas e lagos e a observar a presença de animais silvestres, como cobras, macacos, aves, girinos, alevinos, pitus e outros. Para Vitor, “é muito importante, porque a gente está descobrindo mais da nossa história e sobre o que a gente consome também.”

Além das análises químicas que envolvem a atividade dirigida aos alunos-voluntários na área da nascente, “eles inserem os resultados obtidos num sistema da Fundação por meio de aplicativo para celular, que monitora a qualidade da água em nascentes e rios de 17 estados que têm o ecossistema da Mata Atlântica e também do cerrado, na região do Brasília”, segundo a professora e supervisora da Educação Ambiental da rede de Educação de Mauá, Sandra Chinchio.

“Legal é dar valor alto para o oxigênio”, explicou Sandra para os jovens. A colega de turma de Vitor, Melissa Batista Santos, também de 14 anos, era uma das mais empolgadas com a aula prática. Divididos em grupos, os alunos verificaram a temperatura da água coletada no reservatório da nascente do rio, usaram a percepção de cheiro e visão sobre o local, pesquisaram a presença de oxigênio, turbidez e analisaram o pH, entre outras coisas. “Eu acho muito divertido, porque é uma experiência que a gente não tem normalmente. Se você for para uma escola talvez diferente, nem sempre eles vão dar um passeio com conhecimento, eles vão dar um passeio mais para só a diversão. Aqui você está obtendo um conhecimento diferente de normal. Isso me ajuda a ter consciência do que eu posso fazer futuramente, do que eu posso pensar e ajudar os outros a pensar. Eu sempre gostei de ciências e queria ser bióloga”, disse Melissa.

Os professores desenvolveram a aula fazendo muitas perguntas, às quais os alunos responderam corretamente. O professor Agnaldo explicou que “uma das formas de recuperação do Rio Tamanduateí é o reflorestamento da mata ciliar, que protege e evita erosão e assoreamento. A importância deste trabalho é que existe uma sequência, porque o trabalho com as diversas turmas do último ano do Cora Coralina existe desde 2014”, afirma. Os professores lembram que a ideia surgiu com o aparecimento de um jacaré no rio, em 1991, o que deu início ao monitoramento da qualidade da água para buscar a preservação ambiental. Para prender a atenção dos jovens, o objetivo do projeto e o local colaboram ao despertar a curiosidade dos estudantes, mas Agnaldo considera que o carisma dos professores é essencial para que mantenham o interesse na pesquisa.

O parque tem rondas permanentes da Guarda Civil Municipal (GCM). Está localizado à rua Luzia da Silva Itabaiana, 101, na altura da avenida Barão de Mauá, 5.600, entre o Jardim Itapeva e Jardim Adelina. O telefone é 4578-5711.

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