Foi uma forma de restaurar vínculos destruídos durante a pandemia de Covid. Foto: Divulgação/PMM
Por Assessoria de Imprensa/PMM
A criação do programa Escola Aberta, em julho de 2023, em Mauá, partiu da intenção da Administração Municipal em aproximar os moradores da própria comunidade escolar. Uma forma de restaurar convivências e vínculos destruídos durante a pandemia de Covid. Para isso, durante finais de semana ao longo ano, oito das 44 escolas municipais desenvolvem atividades sociais, profissionalizantes, culturais, esportivas e de lazer.
Além disso, as atividades vão sendo ajustadas ao que a comunidade se identifica mais, para fortalecer o desejo de participação. Tudo orientado pelos profissionais da Secretaria de Educação e técnicos da Associação Educacional, Esportiva e Cultural Tryade, que organizam as atividades. A equipe de professores de Educação Física e arte-educadores de várias linguagens culturais são o coração do Escola Aberta. São pessoas que além de técnicas entendem que projetos como este salvam vidas. Alguns deles, inclusive, são frutos de projetos sociais, como o músico André Andrade.
Jéssica C. Ferreira de Lima a levar e buscar os filhos Roberto, de oito anos, e as sobrinhas para participarem do Escola Aberta. A expressão de Jéssica estava sempre pesada e ela de pouca conversa. Contrariada com a vontade das crianças de permanecerem na escola até no sábado e domingo, ela resolveu “entrar e ver o que tinha de tão bom”, ela mesma disse com sorriso espontâneo. Hoje, não apenas conduz as crianças, mas resolveu participar. Se encantou com as aulas de Artes Visuais com a arte-educadora Adi Alves e participa de várias atividades de lazer e formativas de trabalho e renda. Sua preferida? A Formativa de Bonecas de Pano.
“Professora, guarda a minha vaga que eu já chego˜, disse Guiomar Garcia, de 63 anos, ao telefone. E chegou mesmo! Acostumada a frequentar as aulas de dança, Guiomar se livrou da depressão profunda participando do programa nas Escolas Municipais Terezinha Leardini e na Maria Rosemary de Azevedo, ambas no Jardim Zaíra. Já Bruno Cesar de Oliveira percebeu a vocação de alguns de seus alunos do curso de Barbearia. Tanto que já convidou Richerdy para que trabalhe com ele em seu próprio salão.
O sucesso da Escola Aberta é visível quando se observa as unidades lotadas de gente da comunidade do entorno. Além disso, a expectativa de participação para um ano foi superada em seis meses, somando mais de 6 mil pessoas por mês. Outro fator é que o programa já avançou os muros das escolas e as atividades chegam a ser desenvolvidas em quadras, ruas e campinhos do bairro, atraindo mais moradores ainda.
Mas, ao transitar pelas salas, corredores e quadras das escolas, é possível ver muitas crianças felizes com o rosto pintado, pessoas aprendendo trabalhos manuais, break dance, construindo e andando de pernas de pau, entre outras tantas coisas.
Em tudo isso existe o objetivo dos gestores escolares, organizadores e governo municipal de promover a integração das pessoas e a convivência pacífica na comunidade, e que isso se expanda para toda a cidade de Mauá.